Áudio e documento vazados de grupos de gestores de cultura e supostamente atribuídos ao conselheiro de cultura de Paço do Lumiar e conselheiro de honra do conselho de cultura do Estado do Maranhão, Léo Lima, relatam em aproximadamente 14 minutos, que repassou as informações para a então administração “Governo Participativo” que o município de Cândido Mendes seria beneficiado com R$ 159 mil reais para serem direcionados à cultura.
Segundo costa no relato, o ex-candidato a vereador Haymir Nishimura da chapa do então prefeito tampão e candidato à reeleição estava à frente de todo o processo de liberação dos recursos para os grupos culturais. Ainda no áudio, Léo se mostra surpreso com a forma como os recursos foram administrados, pois, segundo ele, ao ter acesso à lista percebeu que Cândido Mendes fez da forma equivocada a distribuição dos recursos, beneficiando e centralizando a verba em poucas pessoas.
“Eu tinha desconfiança, e hoje eu tenho certeza” “… que essas pessoas usaram de má-fé…” “… tudo foi feito na boca miúda, isso chama-se sacanagem” “isso será encaminhado para o MP e essas pessoas vão ter que prestar conta” “Isso tem que ser amplamente divulgado para que as pessoas que agem de má fé possam aprender, e pensar uma, duas, três, quatro vezes para não ver seu nome na lama” relatou o áudio.
No documento publicado nas redes sociais, pode-se identificar nomes como Islane de Lurdes Moreira Sousa beneficiada com R$ 38. 600,00, esposa do então Secretário de Educação, Fábio Braga, que também é tio de Jofran. “Associação de Moradores Amigos de Cândido Mendes” (AMAC) cuja a presidência é exercida por Lourival Oliveira Neto (Neto do Liberal) beneficiado com R$ 35.000,00, marido da tia do então gestor e à época coordenava a campanha de reeleição.
A Lei Aldir Blanc é um Instrumento que prevê auxílio financeiro ao setor cultural. A iniciativa busca apoiar profissionais da área que sofreram com impacto das medidas de distanciamento social por causa do coronavírus. Os recursos foram liberados através do Fundo Nacional e envolveu mais de R$ 3 bilhões para os estados, municípios e o Distrito Federal que destinavam à manutenção de espaços culturais, pagamento de três parcelas de uma renda emergencial a trabalhadores do setor que tiveram suas atividades interrompidas, e instrumentos como editais e chamadas públicas.