Com a informação de que o show seria realizado, o empresariado de Zé Doca e de cidades circunvizinhas se programou com antecedência, investindo em pequenos negócios e até mesmo em funcionários temporários para dar conta da demanda de pessoal que deveria comparecer ao evento.
Dona Claudia (moradora de Zé Doca há décadas) e pequena empresária não escondeu sua frustação e em conversa com nossa redação detalhou ter investido cerca de 14 mil reais para uma única noite, esperando obter um retorno financeiro bem superior. Com a notícia do cancelamento do show ecoando na mídia, a vendedora de bebidas se diz em choque e vê com descredito o fato de ter que arcar com seu próprio prejuízo, causado por um investimento anterior as decisões judiciais: “Perdi quase todo meu patrimônio em 2 anos de pandemia, venho tentando me recuperar, simplesmente não sei o que fazer agora, o prejuizo é certo“, declarou a mesma.
Há muitos relatos até aqui de micro-empreendedores que agora não sabem o que fazer para zerar os estoques adquiridos objetivando o evento, alguns haviam até mesmo recorrido a empréstimos para aquisição de itens na expectativa de obter lucro financeiro através do evento.
Outro exemplo mais didático é o grupo horteleiro da cidade que comemorou a superlotação antes mesmo da semana se iniciar, quem esperava conseguir vagas nos hotéis de Zé Doca teve dificuldade até mesmo para achar vagas em hotéis de Newton Bello e Araguanã (cidades vizinhas). Com lotação máxima, os proprietários dos hotéis também contabilizam prejuízos e convivem com a incerteza devido aos cancelamentos.
